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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A ética jornalística em duas dimensões - O caso Tayná

Foto de Laura Torres
Foto de Laura Torres


































A palestra mais marcante neste último dia da Semana de Comunicação 2013, foi sobre o Caso Tayná. A mesa foi composta por Isabel Kugler Mendes (advogada, vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Federal), Roberto Rolim ( advogado da família e ex advogado dos acusados do crime), Rafael Moro (jornalista e correspondente do site UOL em Curitiba) e o Professor mediador foi Felipe Harmata.
Da esquerda para a direita: Felipe Harmata, Rafael Moro, Isabel Mendes e Roberto Rolim.
Foto de Laura Torres

Não conhece ou não lembra do caso Tayná? Assista ao vídeo!



Foto de Laura Torres


Isabel Mendes começou com a palavra e comentou que o Caso Tayná, é constituído de três pontos importantes: 1. Morte da menina. 2. Consequência - Investigação não concluída, cheia de interrogações. 3. Tortura dos acusados. "Que infelizmente é uma coisa que existe, mas de forma velada. Em especial na Polícia Militar. Existe muito medo, muita pressão" diz Isabel. 


Após Isabel Mendes, quem falou foi o advogado Roberto Rolim, para ele "tortura nunca teve lugar, mas hoje estão sendo discutidas".



Foto de Laura Torres



O professor Felipe Harmata questionou o que os convidados acham sobre o trabalho da imprensa neste caso.   
Para Isabel "a imprensa teve uma evolução muito rápida", de informativa evoluiu para uma imprensa também investigativa. Isso faz dela um poder. Houve a morte, pegaram os rapazes, torturaram e eles confessaram, esse era o fim que a polícia esperava, mas a imprensa entrou no caso e começou a perceber o que não batia. 







Foto de Laura Torres



A segunda pergunta do mediador foi como Roberto Rolim entrou no caso. 

O advogado explicou que recebeu um telefonema da mãe de um dos acusados, perguntando se ele poderia visitar seu filho. Rolim escutou os acusados e apesar de cada um revelar de forma distinta o ocorrido, todos apresentavam estado de saúde abalados. 


Foto de Laura Torres
      Para o jornalista Rafael Moro, esse caso é mais um entre tantos, em que fica evidente a maneira como o jornalismo policial se relaciona com a polícia. 
"O que esse caso pode ensinar é 'devagar com a dor'" diz Rafael. 
Esse caso é muito complexo, há uma série de suspeitos, ninguém sabe direito o que aconteceu. 








Para conferir o que os convidados responderam quando Felipe Harmata perguntou se os suspeitos tem noção da proporção que o caso tomou, assista ao vídeo. 


"O culpado aguenta a tortura, já o inocente assume a culpa" diz a advogada Isabel Mendes,para ela o caso virou uma briga de instituições e o plano de fundo é a PEC 37. 



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Roberto Rolim, observou que Tayná, não frequentava às aulas nos últimos 15 dias. Rafael Moro rebateu, dizendo que a família alegou que a menina estava com problemas de relacionamentos na escola. "Temos que tomar cuidado para que o jornalista não vire um reprodutor de fontes (oficiais - família). A imprensa publicou um estupro que talvez não tenha acontecido" diz Rafael, que ainda elogiou a série "Crimes Sem Castigo" realizada pela Gazeta do Povo e parabenizou "isso sim é jornalismo!"


Da esquerda para a direita: Roberto Rolim, Elza Aparecida,  Felipe Harmata, Isabel Mendes e Rafael Moro.
Foto de Laura Torres


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